Aba de bate-papo falsa, direcionamento automático sem a ação do cliente, anúncios indesejados aparecendo de maneira persistente e fazendo com que o navegador se comporte mal ou até mesmo tentando roubar informações pessoais do usuário – a lista de publicidade intrusiva e abusiva é extensa! Quantas vezes você mesmo não ficou irritado ao clicar em um banner de anúncio acidentalmente e ser direcionado automaticamente para outro site? Todos já passamos por uma experiência desse tipo. Embora a maioria das propagandas na Web respeite a experiência do usuário, é cada vez mais comum ouvir que algumas propagandas podem ser particularmente intrusivas.
O Google Adsense é a fonte de monetização por meio de publicidade mais usada por criadores de conteúdo da atualidade, mas o serviço está enviando alertas para quem está abusando do recurso. Desde 2017 o Google anuncia que vai resolver esse problema para quem navega usando o Chrome, removendo anúncios de sites que não seguem os “Padrões para Anúncios Melhores” (Better Ads Standards). Em 2018, o Google Chrome começou a bloquear experiências de anúncios abusivos em alguns sites na América do Norte e na Europa, mas começou a fazer isso de maneira mais firme e consistente no restante do mundo em julho deste ano, com o lançamento da versão 76. Com início em 9 de julho, o Google vem expandindo os esforços de bloqueio de anúncios integrados do Chrome para todas as outras regiões, e os anúncios estão sendo bloqueados em sites que exibem comportamento abusivo.
A ideia é proteger o usuário desses anúncios intrusivos, mas essa medida do Google não privilegia somente os usuários a terem uma melhor experiência de navegação on-line. Os proprietários de sites também tendem a melhorar (mesmo que forçadamente) a publicação de publicidade em suas páginas, contribuindo na diminuição dos anúncios abusivos e implementando ações compatíveis com as diretrizes do Chrome. Neste artigo vamos dar alguns detalhes sobre como isso funciona.
A notificação alerta os proprietários de sites para garantir que suas páginas estejam em conformidade com os “Padrões de anúncios aprimorados”, que são resultado de uma pesquisa ao consumidor feita pela “Coalition For Better Ads” (iniciativa criada para estabelecer padrões de anúncios que não sejam considerados negativos pelos usuários,
da qual fazem parte dezenas de empresas como Facebook, Google e Microsoft) que ouviu mais de 25 mil usuários da América do Norte e da Europa. No levantamento, eram mostradas aos participantes experiências comuns com anúncios e eles tinham de avaliar o quanto cada experiência era intrusiva. Entre os mais intrusivos aparecem aqueles de página inteira, que impedem o usuário de ver o conteúdo da página, publicidades que forçam o internauta a aguardar alguns segundos para poder fechar o aviso, anúncios com mais de 30% de densidade e grandes banners fixos, além dos anúncios animados em flash e vídeos em autoplay com som. Essa mesma pesquisa depois foi expandida para países da Ásia, África e America Latina e já ouviu mais de 66 mil pessoas – os detalhes sobre ela podem ser encontrados aqui .
Um problema recorrente que foi constatado é que a maioria das experiências problemáticas com anúncios é controlada pelo dono do site – e para proteger os usuários dessas experiências intrusivas de anúncios identificadas pelos Better Ads Standards, o Chrome passou a avaliar o desempenho dos sites e informá-los sobre os problemas encontrados. Caso o publisher não solucione essas questões e mantenha essa experiência ruim para o usuário, os anúncios são “removidos”. Hoje, o Better Ads Standards consiste em 12 experiências de anúncios que a pesquisa considerou particularmente irritantes para os usuários, tanto para o PC quanto para celular (inclusive para anúncios do Google AdSense). Veja na imagem quais são eles:
Os sites são avaliados examinando uma amostra de páginas e classificados como Aprovado, Aviso ou Reprovado de acordo com a quantidade de violações dos “Padrões Melhores para Anúncios” forem encontradas. O status da avaliação pode ser conferido aqui. Os donos de sites podem usar a ferramenta Relatório de experiências ofensivas para verificar se estão violando alguma regra e pedir uma revisão do status do site depois que fizerem as modificações, melhorando as experiências com os anúncios – e saindo da “lista-negra” do Chrome.
Quando um usuário do Chrome navega para uma página, o filtro de anúncios do Chrome verifica primeiro se essa página pertence a um site que não cumpre os Padrões de Anúncios Melhores. Nesse caso, as solicitações de rede na página – como JavaScript ou imagens – são comparadas com uma lista de padrões de URL relacionados a anúncios conhecidos. Se houver uma correspondência, o Chrome bloqueará a solicitação, impedindo a exibição do anúncio na página. Esse conjunto de padrões é baseado nas regras de filtro públicas da EasyList e inclui padrões que correspondem a muitos fornecedores de anúncios, incluindo as próprias plataformas de anúncios do Google, AdSense e DoubleClick.
O Chrome bloqueará automaticamente os anúncios em sites que não cumpram os Padrões Melhores para Anúncios, usando a abordagem descrita acima. Quando pelo menos uma solicitação de rede for bloqueada, o Chrome mostrará ao usuário uma mensagem indicando que ocorreu o bloqueio de anúncios, além de uma opção para desativar essa configuração selecionando “permitir anúncios neste site”. Para usuários de desktop, a notificação no Chrome barra de endereço será semelhante ao bloqueador de pop-ups existente do Chrome. Os usuários do Android verão a mensagem em uma pequena “infobar” na parte inferior da tela e podem tocar em “detalhes” para ver mais informações e substituir a configuração padrão.
O Chrome bloqueará automaticamente anúncios intrusivos em sites que violem os Padrões Melhores para Anúncios, mas os usuários têm a opção de desativar o recurso selecionando “permitir anúncios neste site”. Ou seja, os usuários do Chrome não verão anúncios em sites que violam consistentemente os Padrões Melhores para Anúncios a menos que eles queiram. Afinal, o objetivo é melhorar a experiência dos usuários da web.
A lição que fica é que os sites que não estão cumprindo os padrões da Better Ads podem (e devem) resolver seus problemas, adotando medidas que corrijam as experiências intrusivas dos anúncios. Mas a página que continuar a manter essas experiências ruins, depois de 30 dias da notificação das violações, terá seus anúncios bloqueados. O Google já está bloqueando os anúncios abusivos no mundo inteiro e avisando que os Better Ads Standards são para todos – quem não segue o padrão vai ter o anúncio filtrado. Então, para não ter problemas, revise agora os tipos de anúncios considerados abusivos:
Como citamos, caso os usuários não queiram deixar de ver os anúncios, eles podem desativar o bloqueio de anúncios abusivos indo em Configurações > Avançado > Configurações do site > Anúncios ou seguindo o endereço chrome://settings/content/ads e mudando da opção padrão (“Bloqueados em sites que mostram anúncios invasivos ou enganosos (recomendado)”) para “Permitido”. Mas isso não é incentivado, afinal, não exibir tais publicidades abusivas significa menos receita gerada a partir delas e “mexe no bolso” dos sites que usam e abusam de anúncios impróprios. Se você não recebeu o aviso do Google e não quer perder seus ganhos com anúncios, não espere o bloqueio. E se tiver dúvidas sobre como fazer a otimização de seus anúncios para que eles se enquadrem nos Better Ads, entre em contato com a gente – a Premium Programmatic é especialista nesse assunto e pode te ajudar a resolver este problema!
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